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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Feliz Aniversário Zezé Di Camargo

Mas que feliz aniversário!


Zezé Di Camargo ganha festa surpresa na Editora Abril


Zezé Di Camargo corta o bolo trazido pelas coelhinhas da PLAYBOY
.A tarde de autógrafos de Zezé Di Camargo & Luciano na Editora Abril, na sexta-feira (13), acabou em clima de confraternização, com direito à celebração adiantada do aniversário de Zezé, que aconteceu no dia 17. ''É uma honra participar desse projeto entre amigos'', afirmou o aniversariante em entrevista que precedeu os autógrafos - mais de 300 fãs se enfileiraram dentro do prédio para receber sua dedicatória no livro Dois Corações e Uma História, escrito pela jornalista Fernanda Santos e produzido por CONTIGO!.
Depois de algumas horas assinando as publicações e tirando fotos com os fãs, os dois foram recebidos em um almoço oferecido no Terraço Abril. O clima era o mais informal possível. No cardápio, além de risoto, carnes, saladas e vinho tinto, muita conversa sobre todos os assuntos - de música a piadas. ''Deus é justo, mas essa calça que eu usava no começo da carreira...'', disse Zezé, arrancando risos dos convidados ao olhar a capa de um CD da dupla da década de 90. Mas a surpresa ficou mesmo para o fim, quando três coelhinhas da PLAYBOY entraram no espaço com um bolo para comemorar os 48 anos do cantor. ''Eu sabia que um dia a Editora Abril iria me recompensar por tantos anos de adolescência gastando dinheiro com a PLAYBOY...'', falou, com jeito brincalhão.
Além de lançar oficialmente o livro para a imprensa, os irmãos aproveitaram para divulgar algumas novidades da carreira. Uma delas é a turnê Zezé Di Camargo & Luciano In Love, com uma série de shows em teatros do Brasil ainda neste semestre. ''Estamos em uma fase em inglês. Primeiro foi o CD Double Face. Agora o nome da turnê é In Love, vamos ver aonde isso vai dar...'', comentou Zezé. Além disso, os dois pretendem convidar um artista internacional para um grande show a ser realizado no ano que vem em um estádio de futebol para celebrar as duas décadas da dupla.
Segundo os irmãos, a história deles é retratada no livro de maneira diferente de como foi no filme 2 Filhos de Francisco. ''O livro fala de nossa rotina na estrada e de como é a relação com nossos fãs'', explica Luciano, 37. Zezé completa: ''CONTIGO! é uma revista com a nossa cara. Faltava esse conceito para contar uma história que já foi cantada em verso e prosa'', disse.
Com um pezinho na literatura - Zezé adora escrever - ele ainda prometeu um livro nos próximos dois anos. ''Será uma mistura de pensamentos, versos e letras de música'', revelou. Luciano ressaltou ainda que o sonho é cantar sempre. ''Zezé diz que pode ficar milionário, mas pretende continuar cantando. O livro e o filme são consequências de nossa música '', afirmou.
Depois, entra na brincadeira e as serve pessoalmente...

Na entrevista coletiva, a dupla falou sobre o projeto do livro e as novas ideias para shows como a turnê Zezé & Luciano In Love, que estreia este ano

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Crônica de Zezé Di Camargo sobre seu pai, seu Francisco





“Sempre admirei a sabedoria do velho Chico. Diante de sua humildade e a mínima formação escolar, meu pai arranjou uma forma irreverente para me ensinar a “ler as horas’, como ele dizia.



Eu deveria ter uns seis anos e já era apaixonado por relógio. Isso faz tempo... A gente morava num vilarejo, lá em Pirinópolis, e raramente ia para a cidade ver as lojinhas. Uma vez, eu vi uma foto de um relógio numa revista, na verdade numa página solta, que embrulhava uma compra que eu, menino de recados, fazia para a minha mãe, na mercearia. O que tinha dentro já nem lembro mais. Mas peguei aquela página e corri para mostrar ao meu pai:



“Pai, quero um presente deste! É muito bonito. Assim eu vou saber as horas?”



“Vai, meu filho. Mas o melhor é entender a força do tempo. Melhor que ler as horas, é saber lidar com o tempo”.



Foi aí, que entre tantas perguntas, reação típica nesta fase da vida, eu indaguei: “Mas quem inventou o relógio?”



Como é bem a linha de seu Chico, ele contou uma longa história. Hoje, eu sei que é o estilo dele, mas na época eu acreditava naqueles causos, mas isso só o tempo mostrou. Pois bem, assim nasceu a lição das horas, segundo meu pai: “Diz a lenda que para medir o tempo, os deuses criaram o relógio. Queriam algo redondo como a Terra. Mas havia aqueles que não concordavam com o formato em círculo e criaram a ampulheta. Dentro, os grãos de areia serviam de medidores.



Por que a areia, pai? – era mais uma pergunta. Qual criança nessa idade, ouve sem perguntar?



Por uma questão simbólica, foi a bela resposta do meu pai. E foi explicando: como o tempo, a areia escorre tão rápido das nossas mãos, voa... Voa como o tempo. Com o passar do tempo, o universo conspirou: a era dos deuses passou e a época dos ponteiros, indicando segundos, minutos e horas chegou. E nada melhor para contar o tempo do que os números. É uma questão matemática.



Já que o mundo é redondinho e dá voltas, o relógio, símbolo maior do tempo, tinha de ser assim: como a Terra.



E tudo voltou a ser como antes, como queriam os deuses. Pelo menos é o que diz a lenda.



Mas, pai, e o relógio, você vai comprar?



O tempo passou e eu só fui colocar um relógio no pulso um ano depois. Nem por isso, deixei de aprender as horas. E foi com mais uma atitude exemplar por parte de meu pai. Foi ele que fundou uma escola no Sítio Novo, onde morávamos, para que as crianças aprendessem a ler e a escrever. Assim, aprendemos também as horas.



Mas, quando subi no palco pela primeira vez, ganhei um relógio. Foi minha mãe que deu e meu pai fez questão que o presente viesse dela. Hoje, entendo a lição: é a mulher que gera a vida, exibe uma barriga redondinha como a Terra e tem o dom de mostrar que, para existir vida, precisa ter tempo. As horas, bem, ora as horas, são apenas detalhes neste mundo que dá tantas voltas. Como os ponteiros de relógio, claro.”